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Projeto de computação evolutiva torna mais ágeis auditorias no Tribunal de Justiça de Goiás

Desenvolvido com algoritmos de computação evolutiva, um projeto desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) torna mais ágil a gestão, o controle de produtividade das equipes e o mapeamento dos fluxos processuais das auditorias.  Segunda colocada no Prêmio Auditoria Geração de 2024, a iniciativa “O uso de inteligência artificial para a seleção de objetos de auditoria” foi apresentada em detalhes na tarde desta quinta-feira (7/11) pela equipe responsável pelo projeto, composta por Samuel Sabino Caetano e Marcos Nunes Laureano, diretor de Auditoria Interna do tribunal goiano.  A ideia do projeto surgiu a partir da Resolução CNJ 171/2013, que determinou a elaboração de planos de auditoria e estabeleceu algumas variáveis a serem observadas pelas cortes, como a materialidade, a relevância, a criticidade e os riscos. “Os tribunais estaduais tinham que levar conta outras situações não previstas, como as orientações do Tribunal de Contas”, disse Samuel Caetano.  Para assegurar uma distribuição equânime dos objetos auditados, os idealizadores levaram em consideração a liderança das equipes. “Poderia acontecer de a lista feita pelo método utilizado, com enumeração, seleção dos valores (maiores e menores), sobrecarregar um líder com o envio de todas as auditorias para a mesma equipe. Outra situação seria o envio de uma quantidade grande na mesma unidade auditada”, conjecturou.  A primeira providência foi, segundo Samuel, definir o rol de auditorias que tivesse o melhor benefício. Esse processo era antes feito por meio de reuniões, que foram substituídas por uma ferramenta, denominada Zip. “O mecanismo criado passou a fazer as duas etapas: a avaliação, na origem, dos objetos auditáveis e a análise da viabilidade da auditoria. Se fosse factível, o Zip, após reanálise faria as combinações necessárias até definir um conjunto de auditorias”, explicou.  De acordo com o servidor do TJGO, a análise combinatória foi testada tanto no computador quanto na inteligência artificial. “O método com o IA busca trabalhar sempre com soluções factíveis, enquanto o aleatório, via computador, não tem essa garantia. Desse modo, gasta-se muito tempo consertando, reparando as soluções que são irrealizáveis no método aleatório”, pontuou.  Todo o trabalho realizado dentro da Zip é integrado a um painel de business intelligence (BI), no qual é possível acompanhar as etapas das auditorias, o percentual do que já foi cumprido, as auditorias em curso e a duração média de cada fase. Além disso, há a produção de documentos de auditoria por um programa que gerencia essas informações. Tendo a experiência desse projeto, a Diretoria de Auditoria Interna agora trabalha em projeto chamado Audite AI.   Texto: Ana Moura Edição: Thaís Cieglinski Agência CNJ de Notícias   Número de visualizações: 46
08/11/2024 (00:00)

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